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Sempre é preciso lembrar daqueles que já fizeram muito por você.

Postado em: Superação | Por: Paulo Reis


Chegamos ao final de 2023. E como sabemos e por experiência própria, ao cuidar do meu sogro por 12 anos, lembro que em datas festivas era muito comum ele querer tomar banho de manhã na esperança que algum filho ou parente viesse visitá-lo, o que comumente não ocorria. Eu notava a expressão dele ao fim do dia de tamanha tristeza. E até comentava: é, seus filhos passaram por aqui hoje, não é? E onde estão os meus?..


Sempre é preciso lembrar daqueles que já fizeram muito por você.

Chegamos ao final de 2023. E como sabemos e por experiência própria, ao cuidar do meu sogro por 12 anos, lembro que em datas festivas era muito comum ele querer tomar banho de manhã na esperança que algum filho ou parente viesse visitá-lo, o que comumente não ocorria. Eu notava a expressão dele ao fim do dia de tamanha tristeza. E até comentava: é, seus filhos passaram por aqui hoje, não é? E onde estão os meus?...

Esta matéria realizada com a entrevista no Lar dos Velhos Frederico Ozanan de Garça-SP, que tem por objetivo específico somente de mexer com os sentimentos de alguém que tenha vivido nesta Entidade, bem como nas diversas casas de repousos, ou até mesmo na casa de um parente, a pensar e agir fazendo uma visita para estas pessoas que com certeza fez parte de sua vida.

Ao entrevistar uma moradora do Lar, fiquei feliz em vê-la e dizer que mora lá há 4 anos por escolha própria, mas que se sente feliz naquele local. Mais feliz ainda quando recebe visitas de seus familiares, que por sinal, já está agendado um almoço de início de ano na casa da filha, onde terá a oportunidade de se reunir com filhos, netos, noras e genros.

 

A nossa conversa agora é com o Sr. Antônio Luiz de 70 anos, que vive no Lar há 10 anos e contou um pouco de sua história. Foi casado por 5 anos, mas por alguns problemas que o próprio assume dificuldades em lidar, não conseguiu dar sequência nesta missão. Pois o “problema” o vencia constantemente, e isso o fez sem um rumo por algum tempo. Inclusive, o mesmo acontecia nas oportunidades de trabalho, onde também não se adaptava e sua estadia como funcionário em empresas sempre eram curtas.

Após alguns meses passados, com muitas reflexões sobre a vida que tinha agregado a isso, conselhos de   bons amigos, o Sr. Antônio Luiz conseguiu se firmar no Escritório da extinta Empresa Sotebra (Volkswagen) por 10 anos, conseguindo desta forma, reaver uma qualidade de vida satisfatória.

Seus pais por um bom tempo fizeram parte dos Vicentinos, e por esta razão o Sr. Antônio Luiz conseguiu fazer parte do quadro de funcionários do Lar dos Idosos, onde prestou serviços como Motorista. E, com o passar do tempo conhecendo o bom tratamento e cuidados do Lar dos Idosos, resolveu se candidatar a ser um dos acolhidos do Lar, o qual se concretizou algumas semanas à frente.

Assim sendo, hoje o Sr. Antônio Luiz, residente no Lar, declara que, por tudo que passou, fazer parte da família do Lar dos Idosos foi a melhor escolha de sua vida. E complementa dizendo ser feliz com tudo que vê e participa dentro da Entidade. Aqui tenho acompanhamento médico, remédios, refeições adequadas, colaboradores e dirigentes capacitados, passeios, jogos, eventos frequentes, companheirismo com outros do Lar e conta com a boa amizade com os cuidadores e administradores. Recomenda o Lar e finaliza pontuando que gostaria de ser visitado com maior frequência pelos familiares e amigos.

 

Em entrevista com a Dona Dairce, moradora há dois anos no Lar, é preciso pontuar como é bom sentir a alegria desta simpática moradora que esbanja vivacidade.

Mencionou ela ter 83 anos e a 02 anos está na Entidade, e complementa dizendo que morava sozinha. Não teve filhos, mas, tem outros parentes na cidade e que de vez e outras lhe visitam. Ela relata que tinha condições de continuar morando sozinha, pois teve um Comércio (bar), próximo ao Hospital Samaritano, onde ouvia muitas conversas, e dessas conversas, muitas vezes ouvia pessoas comentando como era difícil ter parentes para cuidar. E então, pensando em não dar trabalho aos seus, escolheu por vontade própria, antes de ter algum problema relacionado a isso, conhecer o Lar, o qual ouvia ótimas informações e acolhimento exemplar. No início, a ideia de morar ali parecia estranha, mas avaliou melhor e procurou a Assistência Social do Lar. Como tudo fluiu muito positivo e por preencher os quesitos necessários para ser a nova integrante do Lar, resolveu nele morar. Menciona que antes, não se sentia bem, preocupações com o dia a dia corrido, idade chegando e não gostaria de ficar só. Estando aqui no Lar, a Dona Dairce não faz uso de nenhum medicamento e comenta que se sente estar em uma colônia de férias ou SPA, pois tem 06 refeições diárias, acomodação, roupas lavadas, cuidados médicos, diálogos frequentes com psicólogos e boa amizade com outros moradores do Lar, bem como com os administradores. Recomenda o Lar para quem desejar ter uma velhice tranquila sem estresse e sem incomodar ninguém.

 

Continuando a entrevista falamos com o Sr. Antônio, colaborador do Lar, que diz ser uma experiência fantástica trabalhar ali, e poder conviver atualmente com os 58 moradores do lar, sendo 14 mulheres e 44 homens. E o aprendizado desta vivência é muito gratificante.

Mencionou que a falta de visitas pelos parentes aos acolhidos da Entidade, "sim" é um fato triste, e diz ser comovente quando acontece o encontro entre as partes. Diz também ser nítido o bem que faz as visitas, onde até mesmo o comportamento do visitado perdura durante dias, devido a satisfação do encontro onde fica a esperança da próxima vez de ser visitado. Por outro lado, outros internos que presenciam a alegria do encontro familiar, se sentem tristes, e com certeza gostariam muito também desta aproximação com os seus parentes.

Antônio, tem por hábito diariamente: ouvir, conversar, incentivar e até mesmo abraçar alguns moradores, e neste abraço sente o calor de conforto de um pai, irmão ou mãe, onde a emoção se apresenta. E isso tudo é muito gratificante. E, através desta oportunidade, motiva aqueles que estão distantes dos seus, para que possam repensar sobre esta aproximação. É destacado aqui a importância sobre haver alguns resquícios ou mágoas no relacionamento entre as partes, às quais lembramos que sempre é tempo de viver o perdão. Se tiver a dificuldade de falar, não há problema, pois, o simples olhar muitas vezes diz muito mais que palavras. Por isso, não percam tempo. Aproveitem o tempo enquanto estamos neste mundo. Isso só fará bem para todos.

Deus abençoe todos os nossos idosos.

O Lar dos Idosos Frederico Ozanam, fica na Rua Maria Izabel, nº 755 - Garça-SP. Tel- (14) 3471-0521, sempre à disposição da Sociedade.

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